segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

AS DORES DO AMOR


Por Martha Medeiros
Existem duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, continuando a amar, tem que se habituar com a ausência do outro, com a falta de perspectiva, ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fundo do túnel.

A segunda dor é quando começamos a ver a luz no fim do túnel. Deve achar que eu bebi. Se estamos a ver a luz, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de quando deixamos de ser importantes para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.

Na verdade, ficamos presos ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se uma recordação de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira se entranhou em nós e que só com muito esforço é possível libertar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita.

É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro de nós.

E só então se poderá amar, de novo!!!

22 comentários:

Anônimo disse...

E para mim foi o processo mais dificil

Crystalzinho disse...

Ainda bem que me dizes!! Já estava a pensar que era praga!!
Bjs

SAM disse...

São como as dores de dentes...arranca-se ou passa com um comprimido...se der infecção sempre temos os antibioticos!

lololol

Beijo!

Anônimo disse...

é mesmo assim..custou a perceber mas é mesmo isso..o pior é quando estamos mesmo a sair da 2ª fase e a pessoa que nos deixou volta e diz que afinal nós somos o grande amor da sua vida..Porra agora que já estavamos quase "curados"..surge a duvida..amor pela pessoa..saudade do amor que sentia-mos..

Sujeito Oculto disse...

E também o amor às vezes acaba, mas nos apegamos à pessoa por outros motivos. Temos que abrir mão de muitas coisas, não é mesmo?

Lua de papel disse...

crystalzinho

"ninguém nasce sem dor", as dores que de amor que sentimos apenas servem para o nosso crescimento espiritual
(mas lá que doi, doi, e eu não me importava nada de não crescer mais, lol)
bjs

Lua de papel disse...

Sam

envia ai um antibiotico dos fortes, que isto não há meio de passar
bjs

Lua de papel disse...

M

podes crer, quando a ferida está quase a cicatrizar, vem essa pessoa de novo, e lá volta a ferida a sangrar
bjs

Lua de papel disse...

sujeio oculto

o ser humano é por natureza muito comodista, é mais facil ficar tudo como está do que enfrentar o fim de um amor
bjs

Ci Dream disse...

bem eu tenho pensos dos bons pa ferida!!!!:):)

beijinhos da ci

AGRIDOCE disse...

UHMMM! Fiquei super-confuso.
Quer dizer: não se deve sofrer, nem fazer sofrer, é isso?
Mas a dor passa, assim, com pensos e anti-bióticos?!
Acho que ando a fazer o tratamento errado!
Não disse para que tipo de dor, OK?!
Bjs.

Lua de papel disse...

Ci

manda, manda, por favor
bjs

Lua de papel disse...

Agridoce

estas confuso?
não admira o amor é mesmo uma confusão
quanto aos pensos e afins, dizem que sim, que resulta
comigo nada resulta, isto já não tem cura mesmo
bjs

Elsa Sequeira disse...

Olá!!!

Sim! Amor também é dor...

(vai ver meu poema!)

Muita força pa ti!
Bj
:)

Anônimo disse...

Desapego por vezes é a melhor solução!

Crystalzinho disse...

Fiz-te um desafio lá no meu blog, o tema é "amigos coloridos". Faz favor de ir lá ver e aceitá-lo. Fico a aguardar!
Beijos

Crystalzinho disse...

Não podes alegar "insanidade mental" porque disso já sofres ha imenso tempo e tens escrito umas babuseiras com sentido!!
Toca a pegar na caneta e meter os neurónios a trabalhar... para variar.
Não precisas agradecer os elogios que sabes que os amigos servem para isso!
Sempre ao seu dispor,

Dara Samora disse...

Vá se lá perceber o Amor...
Se ele nos dá muitas alegrias, também nos pode trazer muita dor...

A verdade é que nem assim conseguimos virar inimigos dele(desse tal estranhíssimo "Amor")

Enfim...

Beijinho,
Dara Martins

Carlos Leite disse...

Nossa, é exatamente isso. As coisas ficaram mais claros e agora entendo direito o que se passava na minha cabeça, a confusão em que me encontrava. Ótimo texto.

Lua de papel disse...

Carlos Leite

obrigada pela visita a este meu cantinho, gostei muito do teu blog e prometo que vou voltar
volta também, serás sempre bem recebido
bjs

Rafaela disse...

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  *♥*  вσм ƒiм dε         *♥*
   *♥*   ѕємαηα!     *♥*
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PP disse...

Não há remedio, antibiotico, pensos, ou seja lá o que fôr... Não passa mesmo... nem com o tempo...

Gostei mto do blog vou vir cá mtas vezes

Beijinhos