AS DORES DO AMOR
Por Martha Medeiros
Existem duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, continuando a amar, tem que se habituar com a ausência do outro, com a falta de perspectiva, ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fundo do túnel.
A segunda dor é quando começamos a ver a luz no fim do túnel. Deve achar que eu bebi. Se estamos a ver a luz, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de quando deixamos de ser importantes para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.
Na verdade, ficamos presos ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se uma recordação de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira se entranhou em nós e que só com muito esforço é possível libertar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita.
É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro de nós.
E só então se poderá amar, de novo!!!
22 comentários:
E para mim foi o processo mais dificil
Ainda bem que me dizes!! Já estava a pensar que era praga!!
Bjs
São como as dores de dentes...arranca-se ou passa com um comprimido...se der infecção sempre temos os antibioticos!
lololol
Beijo!
é mesmo assim..custou a perceber mas é mesmo isso..o pior é quando estamos mesmo a sair da 2ª fase e a pessoa que nos deixou volta e diz que afinal nós somos o grande amor da sua vida..Porra agora que já estavamos quase "curados"..surge a duvida..amor pela pessoa..saudade do amor que sentia-mos..
E também o amor às vezes acaba, mas nos apegamos à pessoa por outros motivos. Temos que abrir mão de muitas coisas, não é mesmo?
crystalzinho
"ninguém nasce sem dor", as dores que de amor que sentimos apenas servem para o nosso crescimento espiritual
(mas lá que doi, doi, e eu não me importava nada de não crescer mais, lol)
bjs
Sam
envia ai um antibiotico dos fortes, que isto não há meio de passar
bjs
M
podes crer, quando a ferida está quase a cicatrizar, vem essa pessoa de novo, e lá volta a ferida a sangrar
bjs
sujeio oculto
o ser humano é por natureza muito comodista, é mais facil ficar tudo como está do que enfrentar o fim de um amor
bjs
bem eu tenho pensos dos bons pa ferida!!!!:):)
beijinhos da ci
UHMMM! Fiquei super-confuso.
Quer dizer: não se deve sofrer, nem fazer sofrer, é isso?
Mas a dor passa, assim, com pensos e anti-bióticos?!
Acho que ando a fazer o tratamento errado!
Não disse para que tipo de dor, OK?!
Bjs.
Ci
manda, manda, por favor
bjs
Agridoce
estas confuso?
não admira o amor é mesmo uma confusão
quanto aos pensos e afins, dizem que sim, que resulta
comigo nada resulta, isto já não tem cura mesmo
bjs
Olá!!!
Sim! Amor também é dor...
(vai ver meu poema!)
Muita força pa ti!
Bj
:)
Desapego por vezes é a melhor solução!
Fiz-te um desafio lá no meu blog, o tema é "amigos coloridos". Faz favor de ir lá ver e aceitá-lo. Fico a aguardar!
Beijos
Não podes alegar "insanidade mental" porque disso já sofres ha imenso tempo e tens escrito umas babuseiras com sentido!!
Toca a pegar na caneta e meter os neurónios a trabalhar... para variar.
Não precisas agradecer os elogios que sabes que os amigos servem para isso!
Sempre ao seu dispor,
Vá se lá perceber o Amor...
Se ele nos dá muitas alegrias, também nos pode trazer muita dor...
A verdade é que nem assim conseguimos virar inimigos dele(desse tal estranhíssimo "Amor")
Enfim...
Beijinho,
Dara Martins
Nossa, é exatamente isso. As coisas ficaram mais claros e agora entendo direito o que se passava na minha cabeça, a confusão em que me encontrava. Ótimo texto.
Carlos Leite
obrigada pela visita a este meu cantinho, gostei muito do teu blog e prometo que vou voltar
volta também, serás sempre bem recebido
bjs
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*♥* вσм ƒiм dε *♥*
*♥* ѕємαηα! *♥*
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Não há remedio, antibiotico, pensos, ou seja lá o que fôr... Não passa mesmo... nem com o tempo...
Gostei mto do blog vou vir cá mtas vezes
Beijinhos
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